A internacionalização da economia brasileira produziu aglomerações urbanas que se transformaram ao mesme tempo em pólos de atração de grandes investimentos e
pólos de multiplicação de pobreza e de problemas sociais.
As grandes obras beneficiaram indiretamente as po pulações mais pobres, mas os problemas imediatos nãc
foram resolvidos: desemprego, periferização, submoradia,
escassez e decadência da escola pública, deterioração dos serviços populares de assistência médico-hospitalar, falta de transportes coletivos e de infra-estrutura urbana, como pavimentação, luz, água e coleta de esgotos.
A submoradia dos pobres, muitas vezes, situa-se nas
áreas centrais, as mais deterioradas das grandes cidades, formando cortiços em que famílias inteiras estão instaladas num único cômodo. A proximidade do local de trabalho, porém, representa uma economia considerável com o transporte diário.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (lBGE) considera favelas os aglomerados que reúnem pelo menos cinqüenta moradias, precariamente construídas, carentes de infra-estrutura urbana e localizadas em terrenos que não pertencem aos seus moradores. A maioria
dos terrenos onde as favelas se localizam pertence ao poder público, que nos últimos anos tem desenvolvido alguns programas de urbanização dessas áreas com o objetivo de oferecer uma infra-estrutura mínima para os moradores. |